domingo, 22 de março de 2015

Porque fazer Terapias?

Olá pessoal

Hoje vamos falar um pouco sobre terapias complementares que o Gustavo faz.
Terapia sensorial
no Sesc com Lace
 Relatar como é o inicio disso tudo (que não é nada fácil), gostaria muito que as mamães, papais e familiares leiam o que escrevo aqui, acredito que muitos passam ou passaram pelo que passei, que é o período de adaptação e agora com o curso do fonoaudiologia que estou fazendo consigo expressar o que senti e as vezes ainda sinto.

Expressar sentimento não é tarefa fácil, vou tentar resumir.
Não só a criança com uma deficiência, mas os pais e familiares passamos por um período de adaptação.

Primeira etapa é a negação
Terapia sensorial NIR(APAE)
Damos muitas justificativas para a deficiência da criança, no meu caso dizia que o Gustavo não falava por causa da traqueostomia, porque o orifício esta aberto ainda, porque ficou muito tempo internado e justificativas e mais justificativas!

Segunda etapa momento da raiva
Me perguntava o tempo todo porque o Gustavo nasceu prematuro? Porque ele não fala? Porque a visão é ruim? Porque comigo Senhor? Onde errei? Porque ficam me enchendo de perguntas? Porque ninguém dá uma solução para esse problema?
Terapia em grupo NIR(APAE)
Muitas vezes questionava o médico as terapeutas com as mesmas perguntas várias vezes na intenção de ouvir algo que me agradasse.
E junto desses questionamentos o sentimento de culpa, por não ter feito isso ou aquilo é um momento de muita fragilidade, difícil de agradar alguém que esteja ao seu redor.Você não quer falar e nem ouvir ninguém.

Terceira etapa Barganha
Terapia Sesc com Lace
Insistentemente buscava a cura do Gustavo, cheguei momentos de tirar o oxigênio dele várias vezes na esperança dele respirar sem o auxilio do O2 . E por muitas vezes também acreditar que as terapias era perda de tempo.


Terapia na rua com
equipe da Lace
Quarta Depressão
Não cheguei entrar em depressão, graças ao meu glorioso Deus, sem Ele jamais teria forças de prosseguir, mas passei por momentos de frustrações, pois aquilo que tanto almejamos não alcançamos, no momento em que eu queria. Então vem aquela angustia, o choro. Vontade de não falar com ninguém, pra mim que sou crista é como se essa situação agredisse a minha fé.

Quinta é a aceitação
Não quer dizer que aceitei plenamente aquela situação e está tudo resolvido, não, mas você aceita as alternativas para uma qualidade de vida do seu filho. Você começa a entender que do seu jeito não funcionou , então vamos tentar de outro. E quando isso acontece você começa a encarar aquela dificuldade de uma maneira mais leve, menos dolorosa e não enxerga mais a deficiência e sim o potencial que seu filho tem. Aceita as terapias, aceita o que os médicos sugerem e trabalha em cima daquilo que lhe foi proposto.
Fonoaudióloga Lucia 
Isso leva um tempo para acontecer, mas quando acontece você se pergunta, Porque não agi desde o inicio? Ai é hora de colocar o pé no chão e não deixar os sentimentos anteriores tomar conta de você novamente.
Nossa luta é diária, é mesmo matar um leão por dia!
Sempre tendo a certeza de que Deus é perfeito e que tudo é permissão Dele, minha vida mudou da água para o vinho, jamais pensei que um dia faria curso do Fonoaudiologia e vocês não imaginam como estou amando tudo isso que tem acontecido em nossas vidas.

Como mesmo diz o ditado, Há males que vem para o bem.

Terapia Padovan
Quero agradecer a todos que tiveram paciência comigo e com o Gustavo para passar todo esse período de adaptação.
http://www.lace.org.br/ LACE
http://www.saopauloaqui.com.br/1/9287/clinicas-especializadas/nir-nucleo-integrado-de-reabilitacao-parelheiros.html NIR PARELHEIROS




Desejo a todos uma ótima semana!!!!

Orientações recebida na aula de Libras com a Drª Marisa Sacaloski